tu, só tu.

Tu.

Sem mais porquês, sem dúvidas, sem pretensões, sem razão de ser ou não ser... somente tu.

Se gosto de ti?

Quisera ser tão simples responder-te a isso.... Preciso de ti! Preciso tanto de ti! Preciso da tua voz, da suavidade da tua mão, da tua mania de ter sempre razão, da tua maneira subtil de fugir à conversa quando esta te assuta ou deixa de parte... da tua maneira de entrar de mansinho, sem que ninguém dê por ti. Gosto de te encontrar por acaso, gosto do teu ar de menino crescido. Gosto que sejas o meu diário, o meu confidente. Gosto que me acompanhes e que me dês a mão. Que me afastes o cabelo e me dês um beijo no rosto. Gosto que me dês comida à boca num restaurante qualquer perdido nas ruas de Alfama. Gosto de pensar em ti, de sonhar contigo... Só não gosto de ter ciúmes de ti. Quando outro alguém reclama posses sobre ti, porque a um nível elevado, num mundo de pseudo-platonismo, tu pertences a mim! Também não gosto, a ponto de doer, de sufocar, de dilacerar que suspires pelo que quer que seja quando isso não está ao teu alcance. Gosto quando lutas, quando procuras, quando encontras, quando sorris. Gosto tanto quando sorris.... e quando fazes planos!!! Quando pensas que encontraste o teu caminho e fazes planos, muitos planos! Gosto tanto! Só não gosto quando os planos estão tão longe da minha realidade.... Gosto que me procures e que me digas coisas de ti, coisas que não dizes a mais ninguém! E gosto quando és ordinário e fútil e quando mostras às outras pessoas aquilo que nao és, para depois mostrar-me a mim o que és realmente. Obrigada por isso... Mas este obrigada não inviabiliza o pedido de desculpas que um dia eu vou exigir... e eu sei que, darás do fundo do coração com toda a sinceridade possível a um ser humano. Sei que gostas de mim e isso agrada-me! Apenas entristece-me que seja eu a gostar mais de ti. De fazer o papel de amiga, de confidente. Quero-te tanto bem! Seja ele como for, quer eu goste quer não....